quinta-feira, 26 de março de 2009

poema calado

versos solitários pousam nas maçãs do teu rosto,

é tarde.

os homens passam carregado o rancor que anoitece.

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teus olhos de andorinha machucada

sumiram do campo minado da minha visão

e eu, estarrecida, chupei 13 laranjas podres.

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a selvageria dos elevadores

pousam em tuas costas arqueadas.

15 cães passam, a noite esqueceu-se.

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whitman fuma seu cachimbo

enquanto rimbaud declama incêndios.

pudera tua alma, cor de violeta,

perturbar-me com tanto azul.

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imagem: wassilij kandinsky, mit und gegen

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