sábado, 11 de abril de 2009

ameaça

como não respirar inquietude
como viver sem vigiar a sombra na luz
sem ouvir o drama das notas
sem o irreal que distrai os sentidos
sem o sufoco a que é acostumado

o que seria o oposto

como não sentir falta da intensidade

asfixia e ameaça nos dias
como se ouvisse a fumaça

tranquilidade é um vazio.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

se deseja continuar
fique, habite meus sonhos

não sei onde está
tudo destruí, som e você

está mais cá, do que lá

não está no meu peito
corre audaz no meu inconsciente
desenha e redesenha

talvez eu não queira
talvez eu goste da dor de te lembrar

intriga o modo como fica
o modo como não vai

do inconsciente eu te retiro?

cheiro exala o seu tempo
vejo as linhas do abraço
que persiste com uma metade

se mostra mistério,
e é porque fica.

se ocultou, é o que acontece.